quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Curso de Filosofia Positiva

O objetivo do Curso de filosofia Positiva é expor um sistema capaz de explicar o desenvolvimento do saber humano de leis e regras lógicas.

Para Comte, a humanidade evolui em três fases: o estado teológico ou fictício, o estado metafísico ou abstrato e o estado científico ou positivo.

O caráter fundamental da filosofia positiva é tomar todos os fenômenos como sujeitos a leis naturais invariáveis, cuja descoberta precisa e cuja redução ao menor número possível constituem o objetivo desta filosofia.

Historicamente, a evolução do pensamento desde Aristóteles até o presente momento deu-se através das fases teológica, metafísica e positiva. O grande desafio hoje é sistematizar e gerenciar a grande diversidade de especulações das ciências, químicas e sociais. Para superar tal desafio, Comte propõe que se considere ciência fundamental em suas relações com o sistema positivo inteiro proposto neste livro.

As vantagens de tal sistema são as seguintes: fornece o único e verdadeiro meio racional de por em evidência as leis lógicas; é perceptível que há uma necessidade de observar diretamente todos os fenômenos; produzir o estabelecimento da filosofia definida neste discurso para presidir à reforma geral de nosso sistema de educação; proporcionar bases sólidas para a reorganização social.

Ao determinar como finalidade positiva resumir num só corpo de doutrina homogênea, o conjunto de conhecimentos adquiridos, relativos às diferentes ordens de fenômenos naturais, estava longe do pensamento de Comte, querer proceder ao estudo geral desses fenômenos, considerando-os como efeitos diversos dum princípio único.

Bibliografia:

Curso de Filosofia Positiva - Auguste Comte - traduzido por José Artur Gianotti - Ed. Victor Civita – Abril Cultural – São Paulo-SP, 1973

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Metamorfose da Instantaneidade Humana

“Prefiro ser esta metamorfose ambulante...” tentando compreender a complexidade humana nos atuais tempos da pós-modernidade, se é que assim posso falar.

A humanidade hoje vive o direito coletivo de ser cidadão, todavia individualmente busca a afirmação no contexto social esquecendo a solidariedade necessária para a boa convivência coletiva e, imprime nestas relações a fervorosa competição, gerando assim uma instabilidade no conjunto da sociedade, o que poderá causar fracassos individuais que diretamente implicarão na coletividade social.

Será que o sonho acabou? Tiraram diretamente dos seres humanos a utopia? Já não se pensa mais a humanidade como totalidade social? As dolorosas interrogações desfilam nas desilusões momentâneas do imaginário coletivo.

Esquecer ideologicamente as questões políticas como parte inerente aos anseios humanos de transformação social e, possibilitar a incerteza no ambiente coletivo está na ordem do dia.

O conjunto de complexidade social me remete ao período das descobertas adolescentes e inconsequências juvenis, onde se busca cotidianamente afirmações de identidade humana e gregária, com desejo ingênuo de coletividade.

Tal insegurança permeia na fragilidade da política como arte maior da sobrevivência humana e, imprime nas mentes a instantaneidade coletiva do modismo efervescente, divorciando então da capacidade humana de transformar socialmente o mundo.

Eu acredito é na energia da rapaziada, como instrumento de transformação para um novo amanhecer.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

A Visão Racional da História Universal

Hegel compreende o processo histórico como a manifestação da ideia absoluta da providência divina que dirige as ações individuais dos homens para um fim e desconhecidos por eles.

A razão rege o mundo e também a história universal. É portanto, preciso utilizá-la para compreender os fatos históricos. A primeira categoria que surge no devir histórico é a de variação que significa o surgimento, desenvolvimento e desaparecimento dos indivíduos, das culturas e do Estado; a segunda categoria é a do rejuvenescimento do espírito, não um simples retorno a mesma figura, mas uma purificação de si mesmo. A terceira e última categoria é a da razão suficiente, que existe na consciência, como fé em que a razão rege o mundo.

No projeto histórico de Hegel, é fundamental o conhecimento de Deus que se manifesta na revelação cristã. Para Hegel é possível conhecer a Deus e por causa disso é obrigatório procurar conhecê-lo. Nosso pensamento racional deve convergir para o conhecimento do plano racional do desenvolvimento dos fatos históricos.

Deus não quer cabeças vazias e, sim, deseja que seus filhos o conheçam. Sendo a história o desenvolvimento da natureza divina em um elemento particular e determinado, não pode satisfazer nenhum saber nela própria a não ser um conhecimento determinado.

O ponto de vista da história universal filosófica não é um ponto de vista obtido por abstração de outros pontos de vista gerais e prescindindo dos demais. Seu princípio espiritual é a totalidade dos pontos vista. Considera o princípio concreto e espiritual dos povos e sua história e não se ocupa das situações particulares, senão de um pensamento universal, que se prolonga pelo conjunto.

A multiplicidade das particularidades deve compreender-se aqui como um unidade. A história tem diante de si o que há de mais concreto dos objetos, o que resume em si todos os aspectos distintos da existência. Seu indivíduo é o espírito universal. A filosofia, pois ao ocupar-se da história, toma por objeto o que o objeto concreto é, em sua figura concreta e, considera sua evolução necessária.

Portanto, não se pode considerar o universal, que a história universal tem por objeto, como uma parte, por importante que seja, junto a qual existência outras partes; sendo que o universal é o infinitamente concreto, que compreende todas as coisas, que está presente em todas as partes (porque o espirito está eternamente dentro de si mesmo), para o qual não há passado e que permanece sempre o mesmo em sua força e poder.

Hegel faz uma Teodiceia, na qual justifica a presença de Deus na História


Bibliografia: HEGEL: “Concepção de História em Hegel” - “Lições sobre a Filosofia da História Universal” - Introdução Geral – Parte I